domingo, 8 de outubro de 2017

Foi através do dr. Christian Dunker que encontrei a paz.
Hoje, cada vez que passo em uma estante de uma livraria, vejo bem o que escolho.
É complicado até, porque você dizer que faz tratamento com psicanalista (ou qualquer outro profissional relacionado a estas áreas), muitos familiares, amigos, discursam sobre o que é bom ou ruim, aprovam, não aprovam.
Enfim, eu imaginava que iria ter muita dificuldade em fazer sessões de psicanálise, mas, foi muito profundo.
É muito profundo.
Cada um gosta de uma forma de terapia e identifica-se com ela.
Daredevil sempre fala sobre que ler autoajuda, é complicado, porque além de você escrever, há que se viver o que se escreve na prática. 
Já ouvi e muitas pessoas conhecidas que leram muitos livros de autoajuda e nada mudou em suas vidas.
Esses dias, conversando com Daredevil sobre esse assunto, ele disse-me:
- Stevie Wonder é autoajuda pura".
É verdade, porque ele possui seus limites como pessoa (não pode dirigir em decorrência da visão), há que se ter cuidado para caminhar, enfim.
Mas, ele faz tantas outras coisas: é uma pessoa que sabe viver e explorar seu talento como ninguém.
Explorar de forma muito positiva.
O que eu aprendi com meu psicanalista?
Aprendi que falar sobre minha família é abrir ainda mais a ferida que sempre estava lá, que meu pai era mais complicado que imaginava e que não preciso deixar minha bolsa no chão escondida atrás do sofá quando entro na sala para a sessão.
E que deitar no sofá e se ouvir, dói.
Minha doença têm melhorado, embora eu tive um surto muito forte (no final do ano passado) e complicou muito o avanço do tratamento.
É estranho ver pessoas que possuem "doenças primas"(é assim que chamamos doenças parecidas com as nossas, tratando-se também.
Uma das imagens que ficarão gravadas em minha mente para sempre, foi quando estava chovendo muito em uma tarde e uma paciente entrou e tirou os santos e ficou descalça aguardando a consulta.
É uma liberdade que aprendemos a nos oferecer que não têm preço.
Essa paciente ficou lendo calmamente seu livro, bebeu água e sentou-se novamente na sala de espera, descalça.
Muito Obrigada à todos que me apoiam nesse tratamento e principalmente à mãe da minha cunhada que disse-me palavras que jamais esquecerei.
Fazer terapia dói, mas, dói mais ainda ouvir o que os outros dize, escrevem, ou que acham que você têm e fazer.
Decidir por nós mesmos é o maior desafio da vida.
Escrever é fácil.
Decidir não.
É isso que tenho aprendido (não que seja regra à todos).
E, como dissemos ao final das sessões:
- Seguimos.

Essa á trilha sonora da minha vida:


Como eu entendo Stephen King e seus fantasmas e medos.
Enfrentá-los é entrar em nossa maior escuridão, e, desbravá-la, é desafiador.

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